Diagnosticando a Esclerose Múltipla
Mesmo quando uma pessoa mostra um padrão “clássico” de sintomas semelhantes aos da EM, os sintomas devem estar de acordo com os critérios acordados antes de um médico ou neurologista possa chegar a um diagnóstico clínico ‘definitivo’ de esclerose múltipla. Os critérios de McDonald são os mais comumente usados para diagnosticar a EM, são eles:
- Que duas áreas diferentes do sistema nervoso central tenham sido afetadas;
- Que estes efeitos tenham sido vivenciados em pelo menos duas ocasiões distintas, com pelo menos um mês de intervalo, confirmado por um mapeamento de imagem de ressonância magnética (MRI) mostrando as áreas de desmielinização do sistema nervoso central;
Ferramentas para o diagnóstico
O médico executa uma variedade de testes para avaliar cognição, funções emocionais e de linguagem, movimento e coordenação, equilíbrio, visão, e os outros quatro sentidos. Em muitos casos, o histórico médico e os exames neurológicos podem fornecer provas suficientes para cumprir os critérios de diagnóstico. Embora não haja um exame de sangue definitivo para EM, exames de sangue podem excluir outras condições que causam sintomas semelhantes aos da EM, incluindo a doença de Lyme, um grupo de doenças conhecidas como doenças do colágeno-vascular, certas doenças hereditárias raras, e AIDS. Outros testes que podem ser utilizados para confirmar o diagnóstico de EM ou fornecem evidências adicionais se for necessário, são:
- Ressonância Magnética (MRI)
- Líquido cefalorraquidiano (LCR)
- Potenciais evocados (PE)
Outras condições podem causar desmielinização
Embora a EM seja a causa mais comum, outras condições podem danificar a mielina no sistema nervoso central, incluindo infecções virais, efeitos secundários de elevada exposição a certos materiais tóxicos, grave deficiência de vitamina B12, condições autoimunes que conduzem a inflamação de vasos sanguíneos e algumas desordens hereditárias raras.
A desmielinização do sistema nervoso periférico (os nervos fora do cérebro e da medula espinhal) ocorre na síndrome de Guillain-Barré. Depois de algumas lesões, a bainha de mielina no sistema nervoso periférico regenera, trazendo a recuperação da função.
Algumas condições desmielinizantes são autolimitadas, enquanto outras podem ser progressivas. Exames cuidadosos (e às vezes repetitivos) podem ser necessários para estabelecer um diagnóstico exato entre as possíveis causas de sintomas neurológicos.
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